É cada vez mais frequente filhos e outros familiares próximos assumirem os cuidados dos pais quando esses se tornam dependentes em decorrência de doenças crônicas e passam a precisar de assistência no dia a dia como na administração de medicamentos, auxílio no banho e na alimentação.
Cuidar do idoso familiar é sempre gratificante, mas exige paciência, dedicação muitas vezes por longos anos, levando a muitas mudanças na rotina da família e, até mesmo, ao desgaste físico e mental. O cuidador familiar não foi treinado para a função e nem sempre é possível contratar um cuidador profissional para auxiliar nesse contexto.
É comum que o cuidador familiar tenha sentimentos de frustração, exaustão, tristeza e irritabilidade pela inversão dos papéis, pela própria dificuldade dos pais de aceitarem os cuidados ou mesmo pelo abandono da própria vida para o cuidado do idoso em tempo integral.
Por isso, fique atento nestes sinais que podem demonstrar seu estresse do cuidador:
- se você estiver se sentindo sobrecarregado, esgotado e sem energia;
- se você estiver se sentindo constantemente triste, ansioso ou irritado;
- se perdeu o interesse em atividades que costumava gostar;
- se tem dificuldade de sono ou senti sonolência excessiva;
- senti fadiga e cansaço a maior parte do tempo;
- se está ganhando ou perdendo muito peso;
- se tem dores de cabeça e dores no corpo com freqüência e
- se tem abusado de medicamentos ou de bebidas alcoólicas.
Como um cuidador, você pode estar tão focado em seu ente querido que não percebe que sua própria saúde e bem-estar estão em riscos. Por isso, importante adotar estratégias para lidar com o estresse e melhorar a sua qualidade de vida:
- Aceite ajuda. Envolva outras pessoas e deixe o “ajudante” escolher o que gostaria de fazer: levar o idoso para consulta médica; fazer a compra de supermercado ou organizando a rotina de remédios .
- Estabeleça rotinas diárias e analise as prioridades.
- Procure apoio social da família, dos amigos ou mesmo dos serviços de saúde.
- Cuide de sua saúde física e mental. Faça o possível para manter sua alimentação e rotina de sono; faça exercícios físicos e mantenha seu acompanhamento médico.
E, lembre-se, se você não cuidar de si mesmo, você não será capaz de cuidar de outra pessoa.